Quando as identidades enunciam cotidianos: narrativas reflexivas na periferia

Autor: Pinheiro, Leandro Rogério
Ano: 2013-Atual
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Humanas
Tipo: Projeto de Pesquisa
Resumo: Amparado em resultados produzidos em pesquisa em curso sob fomento de ARD FAPERGS 2011, este projeto comporta o diálogo com jovens e adultos moradores de bairro de periferia de Porto Alegre, atuantes em movimentos sociais de diferentes espectros político-culturais e vinculados a escolas públicas. Propõe-se, mais especificamente, a compreender como os sujeitos constroem seus processos de identização, destacando as tomadas de posição produzidas no cotidiano de bairros de periferia, desde as redes de pertencimento e sociabilidade do lugar. Para tanto as elaborações de Alberto Melucci, José Machado Pais, José de Souza Martins e Paul Ricouer são os principais aportes teórico-metodológicos utilizados. Delimitada a comunidade dos bairros Bom Jesus e Restinga como universo da pesquisa, e ?caso particular do possível? conforme os dados já coletados, a investigação fará uso da imersão etnográfica e da produção de narrativas diversas (em entrevistas, produções fotográficas, elaboração de vídeos). Assim, procuraremos analisar e dar visibilidade aos saberes e tomadas de posição produzidos nas práticas cotidianas daquela localidade, extrapolando os vínculos constituídos pelos sujeitos nos espaços escolares e de mobilização política. Dessa forma, pretendemos problematizar a cotidianidade como lugar de produção da vida social, em suas contradições e potencialidades, e consolidar um conjunto de atividades reflexivas (de caráter educativo e cultural-artístico) acerca do que fazem e do lugar onde vivem as pessoas com quem dialogaremos.
Quando as identidades enunciam cotidianos: narrativas reflexivas na periferia

o vídeo como trascrição de narrativas orais

Autor: Dela Valle, Laura Regina dos Santos
Ano: 2011
Instituição: UFRGS
Área: Linguística, Letras e Artes
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: O projeto A vida reinventada: pressupostos teóricos para análise e criação de acervo de narrativas orais propõe sistematizar e analisar as narrativas registradas em trabalho de campo com moradores do Bairro Restinga/Porto Alegre desde 2006. Considerando que já estamos na segunda fase desse projeto e que durante o processo produzimos vídeos e identificamos a natureza poética das narrativas orais, entendemos que o trabalho de edição acabou resultando em uma produção estética. Com isso pretendemos, na atual etapa, mostrar como se deu o processo de transcriação (ALMEIDA & QUEIROZ, 2004) desses materiais no DVD “Narradores da Restinga 2” e qual sua relação com os discursos dos narradores. Para isso usaremos os conceitos de arte e mídia (MACHADO, 2007, e SANTAELLA, 2002), pois, segundo esses autores, o vídeo se configura como uma estética tecnológica, cujo objetivo é a formação de uma linguagem visual para transmitir uma mensagem

Narrativas da vida constituintes do espaço do bairro Restinga

Autor: Vieira, Daniele Machado
Ano: 2013
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Exatas e da Terra
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: Este trabalho é parte da pesquisa desenvolvida no projeto “Paisagens Urbanas e suas Redes de Significação Espacial” que tem como recorte espacial o bairro Restinga em Porto Alegre/RS. Por meio de atividades conjuntas objetiva-se resgatar a memória do bairro e a construção de uma cartografia, a partir da identificação e apreensão de marcadores territoriais obtidos através das narrativas de moradores. As narrativas de vida deixam emergir as experiências espaciais do sujeito, trazendo à tona também os aspectos subjetivos constituintes do espaço. Para tanto, são adotados os seguintes procedimentos metodológicos: i) construção de uma rede de relações: lideranças comunitárias, comunidade escolar da EMEF Larry José Ribeiro Alves e outros moradores do bairro; ii) entrevistas semi-direcionadas com moradores para recolhimento das narrativas; iii) identificação dos marcadores territoriais. Serão recolhidas narrativas de moradores com diferentes tempos de residência no bairro, permitindo a apreensão de experiências diversas de construção social, política, cultural, etc. As falas individuais fazem referencia a construção de espaços coletivos, deixando emergir anseios, conquistas e resistências. Tais narrativas de vida permitirão compreender como o espaço do bairro foi se constituindo a partir da experiência de vida dos sujeitos ali residentes. Crê-se que tais ações contribuirão para o fortalecimento do sentimento de pertença à comunidade.

Desvendando a Tinga: narrativas espaciais e mapeamento co-participativo no bairro Restinga/Porto Alegre

Autor: Penha, Matheus Eilers
Ano: 2014
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Exatas e da Terra
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: O trabalho parte de uma análise sócio-espacial do bairro Restinga/Porto Alegre/RS, bem como compreendeu o processo de ocupação e os conflitos do uso do solo no bairro. A Restinga situa-se a 26km do centro de Porto Alegre e conta com uma população de aproximadamente 75mil moradores. A ocupação do bairro começou em 1960, com os despejos dos antigos moradores das vilas de maloca localizadas no centro da capital sob o slogan “Remover para Promover” para um local sem nenhuma infra-estrutura, nem luz, nem água, nem comércio, nem hortas, nem indústria, nem trabalho. O objetivo da pesquisa consiste em cartografar as transformações sócio-espaciais e produzir um material pedagógico que retrate as análises feitas para o projeto. A partir de uma pesquisa-participante, propôs-se a realização de um mapa co-participativo e um conto coletivo que refletissem as vivências das lideranças comunitárias no bairro. Primeiramente, ouviu-se as histórias de vida dos sujeitos entrevistados, as quais chamamos de narrativas espaciais, em encontros na Escola Municipal Larry José Ribeiro Alves. As narrativas possibilitaram que não somente entendêssemos a biografia das lideranças no bairro, mas um recorte da história do bairro. Fizemos também muitas saídas de campo: houve um percurso de três quilômetros com professores da escola que nos ajudaram no processo da pesquisa e uma turma de 20 alunos. Também caminhamos até o topo do morro São Pedro com os alunos. Por último, refizemos o percurso da volta da Figueira com uma das entrevistadas. Com todo este material acumulado, realizamos uma pré- apresentação dos resultados da pesquisa para os moradores, e, com eles reunidos num mesmo espaço, discutimos e reescrevemos o conto “Desvendando a Tinga: O Mistério das Caixas”. Entendemos que este espaço se caracterizou como um segundo momento metodológico da pesquisa, um círculo hermenêutico dialético para finalizar o conto. Para fechamento do trabalho, produziu-se um mapa com as transformações sócio-espaciais percebidas pelos moradores entrevistados que indicam complexas relações cotidianas e vivências compartilhadas.