Desvendando a Tinga: narrativas espaciais e mapeamento co-participativo no bairro Restinga/Porto Alegre

Autor: Penha, Matheus Eilers
Ano: 2014
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Exatas e da Terra
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: O trabalho parte de uma análise sócio-espacial do bairro Restinga/Porto Alegre/RS, bem como compreendeu o processo de ocupação e os conflitos do uso do solo no bairro. A Restinga situa-se a 26km do centro de Porto Alegre e conta com uma população de aproximadamente 75mil moradores. A ocupação do bairro começou em 1960, com os despejos dos antigos moradores das vilas de maloca localizadas no centro da capital sob o slogan “Remover para Promover” para um local sem nenhuma infra-estrutura, nem luz, nem água, nem comércio, nem hortas, nem indústria, nem trabalho. O objetivo da pesquisa consiste em cartografar as transformações sócio-espaciais e produzir um material pedagógico que retrate as análises feitas para o projeto. A partir de uma pesquisa-participante, propôs-se a realização de um mapa co-participativo e um conto coletivo que refletissem as vivências das lideranças comunitárias no bairro. Primeiramente, ouviu-se as histórias de vida dos sujeitos entrevistados, as quais chamamos de narrativas espaciais, em encontros na Escola Municipal Larry José Ribeiro Alves. As narrativas possibilitaram que não somente entendêssemos a biografia das lideranças no bairro, mas um recorte da história do bairro. Fizemos também muitas saídas de campo: houve um percurso de três quilômetros com professores da escola que nos ajudaram no processo da pesquisa e uma turma de 20 alunos. Também caminhamos até o topo do morro São Pedro com os alunos. Por último, refizemos o percurso da volta da Figueira com uma das entrevistadas. Com todo este material acumulado, realizamos uma pré- apresentação dos resultados da pesquisa para os moradores, e, com eles reunidos num mesmo espaço, discutimos e reescrevemos o conto “Desvendando a Tinga: O Mistério das Caixas”. Entendemos que este espaço se caracterizou como um segundo momento metodológico da pesquisa, um círculo hermenêutico dialético para finalizar o conto. Para fechamento do trabalho, produziu-se um mapa com as transformações sócio-espaciais percebidas pelos moradores entrevistados que indicam complexas relações cotidianas e vivências compartilhadas.

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