Projeto Convivências Urbanas – Reestinga

Autor: Ferrari Júnior, José Carlos
Ano: 2005
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Exatas e da Terra
Tipo: Projeto de Extensão
Resumo: Projeto realizado na cidade de Porto Alegre-RS no Bairro Restinga. Contando com alunos de diversas áreas do conhecimento, o Proejeto Convivências Urbanas – Bairro Restinga contou com a mais variadas ações nas areas da educação, saúde, comunicação e cidadania.

Prevalência de enteroparasitoses em moradores de bairros da periferia de Porto Alegre, RS

Autor: Xavier, Vanessa Iracema da Rosa; Peres, Amanda M.; Gutierrez, Lucila L. P.
Ano: 2006
Instituição: UFRGS
Área: Ciências da Saúde
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: A elevada prevalência das parasitoses nas comunidades está relacionada com hábitos alimentares e de higiene, baixas condições socioeconômicas, fatores sociopolíticos e psicossociais e falta de educação sanitária. O objetivo deste estudo foi oferecer informações sobre a prevenção às enteroparasitoses e determinar a prevalência de parasitoses intestinais em moradores da periferia de Porto Alegre. Uma escola do bairro Restinga, três escolas e uma creche do bairro Belém Velho foram escolhidas como locais centralizadores para a realização das palestras. Nas palestras foram abordados os temas prevenção às enteroparasitoses e disponibilização do exame parasitológico de fezes, bem como explicações sobre a colheita da amostra. Uma amostra fecal foi colhida de cada morador e analisada através da técnica da sedimentação espontânea. Foram analisadas 255 amostras e os parasitos que apresentaram maior prevalência foram os helmintos Ascaris lumbricoides, (20%), Trichuris trichiura e Enterobius vermicularis, (4, 5%), e Hymenolepis nana (0, 7%). Os protozoários mais prevalentes foram: Endolimax nana, (35%), Entamoeba coli, (9, 0%), E. histolytica/E. dispar, (3, 7%) e Giardia lamblia (3, 3%). O inquérito epidemiológico revelou que todos os moradores que participaram do estudo possuíam abastecimento de água e coleta pública do lixo, porém 15 a 66% dos indivíduos não possuíam rede de esgoto. Aproximadamente 50% dos moradores não filtravam ou ferviam a água nem consumiam água mineral. É importante ressaltar que, uma vez que as infecções parasitárias geram déficit de crescimento em crianças, síndrome de má absorção e conduzem a uma perda socioeconômica da família e da comunidade, os estudos epidemiológicos envolvendo educação em saúde e inquéritos parasitológicos devem ser estimulados, de modo que o tratamento e a prevenção avancem no sentido de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.

Passagem do feudalismo para o capitalismo: (im)possibilidades do discurso histórico acadêmico em cursos pré-vestibular

Autor: Silva, Kelvin Emmanuel Pereira da
Ano: 2014
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Humanas
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: Quais são os limites entre o ensino de história no curso superior e o ensino de história nos cursos preparatórios para concursos vestibulares (cursos pré-vestibular)? Esse questionamento surgiu após ser solicitado, pela professora Mara Rodrigues na disciplina de História Moderna I, vinculada ao Departamento de História da UFRGS, a realização de um seminário. Esse seminário tinha como objetivo articular os conteúdos trabalhados em aula com o público não-acadêmico. Nesse sentido, foi sugerido que esse público pudesse ser constituído por alunos de escolas ou instituições culturais, como museus e memoriais. O debate acerca da relação entre a formação em história na graduação e o ensino de história na educação básica tem estado no horizonte de diversos congressos, seminários, artigos, teses, dissertações, etc. Esse debate, insere-se num momento em que o lugar da História (enquanto ciência e disciplina) tem sido também problematizado, tendo em vista o processo de profissionalização do Historiador, que concomitantemente se une questionamentos sobre quem faz, para quê faz e para quem se faz História. Ao mesmo tempo, as traduções dos livros e textos do historiador alemão Jörn Rüsen no Brasil, aparecem com discussões sobre a didática da história e a quê ela estaria relacionada: seria uma didática para o ensino de história nas escolas, uma didática para o uso da história no cotidiano da sociedade ou ambas? De qualquer forma, essas são perguntas que não iremos argumentar nesse momento, já que nosso objetivo é outro. Nosso escopo é ir além da relação ensino superior e ensino básico. Pretendemos discutir a relação ensino superior e ensino em cursos pré-vestibulares, já que esses últimos têm cada vez mais se constituído como um mecanismo de preparo para os concursos que permitem a entrada no ensino superior. A demanda tem aumentado, pois ao mesmo tempo, as possibilidades de acesso às graduações também são maiores. Então, se a procura por vagas nas universidades e faculdades, sejam elas públicas ou privadas, inserem-se num novo panorama da situação educacional brasileira, e os cursos pré-vestibulares têm sido procurados como caminhos para o acesso a essas vagas, qual o lugar do ensino de história nos cursinhos? A partir desse questionamento, procuramos levar para o seminário da disciplina de História Moderna I, a reflexão sobre limites do ensino de história que possam existir numa aula para um curso pré-vestibular. Todavia, para o desenvolvimento desse relato, partimos de uma experiência prática de uma aula, no Cursinho Pré-Vestibular Esperança Popular Restinga, o qual se apresenta como uma ação de extensão realizada pelo Departamento de Educação e Desenvolvimento Social (DEDS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Esse cursinho, promovido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Alberto Pasqualini, em parceria com a Associação de Moradores do Núcleo Esperança I, localizado no bairro Restinga, zona sul de Porto Alegre, tornou-se um meio de desenvolver o que se aprende e se debate nas aulas da graduação em História, de forma que esses conteúdos do ensino superior, possam ser transmitidos didaticamente aos alunos para a realização de concursos pré-vestibular. Dessa forma, fizemos a escolha de um conteúdo específico (passagem do feudalismo para o capitalismo), o qual foi apresentado na disciplina de História Moderna e procuramos extrair informações que foram ao longo das edições dos vestibulares da UFRGS e do Exame Nacional do Ensino Médio requeridos. Assim, articulamos o discurso a ser apresentado na aula do cursinho e indagamos: quais são as (im)possibilidades do discurso histórico acadêmico em cursos populares pré-vestibular? Para o desenvolvimento da aula, partimos de capítulos de livros trabalhados na graduação: “prelúdio medieval”, presente no livro o Sistema Mundial Moderno do historiador e sociólogo estadunidense Immanuel Wallerstein, e dos capítulos “o modelo mercantil e seu legado”; “a origem agrária do capitalismo” e “do capitalismo agrário ao capitalismo mercantil” presentes no livro a Origem do Capitalismo da historiadora também estadunidense Ellen Wood. Esses textos foram a base da preparação da aula no cursinho, a fim de fundamentar como o capitalismo se forma frente ao sistema feudal. Durante a aula, utilizamos o conceito de economia-mundo europeia, trabalhado por Wallerstein, que nos auxiliou na explicação sobre como o capitalismo surge numa dinâmica de transformação das condições econômicas e sociais. As formas de institucionalização desse novo sistema podem ser presenciadas a partir de técnicas específicas e de uma nova tecnologia, que surgem justamente porque a Europa vive um momento oportuno para isso. Outra questão que Wallerstein nos auxilia é na explicação sobre como Portugal se torna o pioneiro na exploração ultramarina, num momento em que nesse país as questões políticas e sociais permitem tal ação, e ao mesmo tempo há a necessidade de ir alémmar para conquista de especiarias, bens e etc. Também a tese de Wallerstein sobre três fatores que tornam a crise do século XIV possível. Já os textos de Ellen Wood nos permitem explicar os fatores específicos, como a dependência do mercado, que fazem o capitalismo se desenvolver . Ademais, as análises que os historiadores fizeram foram escolhidos conforme os conteúdos que os vestibulares costumam solicitar. Ou seja, partimos dessas provas para então delimitar o que de fato retiraríamos dos textos da graduação. Nesse sentido, foi possível refletir sobre diferenças e semelhanças, no que se refere às perspectivas de assuntos apresentados no ensino superior e nos exames para ingresso nessa etapa do sistema educativo. Assim esse relato pretende apresentar em mais detalhes a experiência docente num curso popular pré- vestibular. Experiência essa que foi construída a partir do discurso acadêmico dos conteúdos da graduação em História.

Papel da atenção farmacêutica no uso racional de medicamentos em população de baixa renda que faz uso de antihipertensivos: estudo piloto

Autor: Lampert, Carine; Mascarenhas, Rita; Facchin, Daniel
Ano: 2008
Instituição: UFRGS
Área: Ciências da Saúde
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são consideradas umas das principais causas de mortalidade mundial, apresentando um impactante acometimento na população de baixa renda. Um dos principais fatores de risco de DCV é a hipertensão. A terapia antihipertensiva é essencial para reduzir a ocorrência de eventos cardiovasculares e mortalidade cardiovascular. No entanto, o uso irracional da medicação, que inclui a falta de aderência ao tratamento, proporciona o surgimento de um resultado negativo do medicamento, que impede um controle efetivo da pressão arterial (PA), agravando o estado de saúde dos pacientes acometidos. Neste sentido, a atenção farmacêutica torna-se uma importante ferramenta para orientar sobre o uso correto da medicação e aumentar a consciência da necessidade de cumprir o tratamento prescrito. É importante primeiramente identificar os fatores de não aderência na população, para então definir um plano de ação para posterior intervenção farmacêutica. OBJETIVO: Verificar a necessidade de implantação da atenção farmacêutica em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Restinga em Porto Alegre que atende a pacientes hipertensos que não aderem ao tratamento proposto. MATERIAIS E MÉTODOS: Visitou-se 10 pacientes cadastrados na UBS da Restinga juntamente com uma agente de saúde, e realizou-se um questionário aberto baseado no método Dader a fim de identificar os fatores de não aderência ao tratamento. RESULTADOS: Os principais fatores de não aderência foram: não aceitar um tratamento de forma contínua; custo da medicação; polifarmácia; esquema posológico complexo. CONCLUSÃO: Preliminarmente, sobre a população em estudo é possível identificar uma série de fatores de não aderência ao tratamento que justifica a implantação da atenção farmacêutica

o vídeo como trascrição de narrativas orais

Autor: Dela Valle, Laura Regina dos Santos
Ano: 2011
Instituição: UFRGS
Área: Linguística, Letras e Artes
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: O projeto A vida reinventada: pressupostos teóricos para análise e criação de acervo de narrativas orais propõe sistematizar e analisar as narrativas registradas em trabalho de campo com moradores do Bairro Restinga/Porto Alegre desde 2006. Considerando que já estamos na segunda fase desse projeto e que durante o processo produzimos vídeos e identificamos a natureza poética das narrativas orais, entendemos que o trabalho de edição acabou resultando em uma produção estética. Com isso pretendemos, na atual etapa, mostrar como se deu o processo de transcriação (ALMEIDA & QUEIROZ, 2004) desses materiais no DVD “Narradores da Restinga 2” e qual sua relação com os discursos dos narradores. Para isso usaremos os conceitos de arte e mídia (MACHADO, 2007, e SANTAELLA, 2002), pois, segundo esses autores, o vídeo se configura como uma estética tecnológica, cujo objetivo é a formação de uma linguagem visual para transmitir uma mensagem

O lugar do intelectual.

Autor: Dela Valle, Laura Regina dos Santos
Ano: 2010
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Humanas
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: De 2006 a 2008 foram registrados em vídeo e diários de campo encontros com moradores do bairro Restinga, da periferia de Porto Alegre, com vistas a examinar as narrativas orais por eles produzidas. A partir de 2009 esse material vem sendo trabalhado pelo grupo de pesquisa na forma de edição de vídeos, conteúdos para site e cursos. Foi criada coletivamente uma exposição interativa que agrega a história dos moradores e a história do bairro com o objetivo de divulgar essas produções em espaços da Restinga. Observei, ao longo desse processo, que esses sujeitos apresentam-se como intelectuais pois, como entendem (SAID,1993; GRAMSCI, 1868) , produzem discursos e ações na esfera da cultura e das produções artísticas. Eles são porta-vozes de um discurso criativo e singular criado para reafirmar suas identidades e ideologias e também para resgatar suas memórias. Desse modo, pretendo entender o código relacional que se instaura entre o intelectual pesquisador e o intelectual periférico através das ações em comum que temos realizado.

Narrativas da vida constituintes do espaço do bairro Restinga

Autor: Vieira, Daniele Machado
Ano: 2013
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Exatas e da Terra
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: Este trabalho é parte da pesquisa desenvolvida no projeto “Paisagens Urbanas e suas Redes de Significação Espacial” que tem como recorte espacial o bairro Restinga em Porto Alegre/RS. Por meio de atividades conjuntas objetiva-se resgatar a memória do bairro e a construção de uma cartografia, a partir da identificação e apreensão de marcadores territoriais obtidos através das narrativas de moradores. As narrativas de vida deixam emergir as experiências espaciais do sujeito, trazendo à tona também os aspectos subjetivos constituintes do espaço. Para tanto, são adotados os seguintes procedimentos metodológicos: i) construção de uma rede de relações: lideranças comunitárias, comunidade escolar da EMEF Larry José Ribeiro Alves e outros moradores do bairro; ii) entrevistas semi-direcionadas com moradores para recolhimento das narrativas; iii) identificação dos marcadores territoriais. Serão recolhidas narrativas de moradores com diferentes tempos de residência no bairro, permitindo a apreensão de experiências diversas de construção social, política, cultural, etc. As falas individuais fazem referencia a construção de espaços coletivos, deixando emergir anseios, conquistas e resistências. Tais narrativas de vida permitirão compreender como o espaço do bairro foi se constituindo a partir da experiência de vida dos sujeitos ali residentes. Crê-se que tais ações contribuirão para o fortalecimento do sentimento de pertença à comunidade.

Narradores da Restinga: uma poética da confluência

Autor: Carvalho, Cauê Jadovski
Ano: 2008
Instituição: UFRGS
Área: Linguística, Letras e Artes
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: Este trabalho é proveniente do projeto Corpo e voz em performance nas narrativas orais urbanas, em que se estuda a poeticidade da narrativa oral no bairro Restinga, da periferia de Porto Alegre, o que se distancia, portanto, das manifestações de grupos rurais ou próximos da natureza. No projeto, nos valemos sobretudo dos recursos do vídeo para o manuseio de nosso objeto, mesmo cientes de que nem tudo do “aqui e agora” da performance sobrevive à transposição. É a partir dessas gravações que pretendemos, junto com os moradores, reunir relatos sobre o bairro, sua origem e momentos decisivos de sua formação enquanto comunidade. Enxergando na interação entre performance (ZUMTHOR, 1990, 2007) e memória (GAGNEBIN, 1994, 2006) a mesma interação existente na relação entre fictício e imaginário (ISER, 1996), pensamos na performance, tal qual o fictício, como um meio pelo qual a memória, assim como o imaginário, toma forma e ganha vida – no caso, uma forma poética. (PIBIC).

Na periferia das representações sociais as representações sociais da periferia: a multiplicidade sociocultural do Bairro restinga

Autor: Gamalho, Nola Patrícia; Heidrich, Álvaro Luiz
Ano: 2007
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Exatas e da Terra
Tipo: Trabalhos completos publicados em anais de congressos
Resumo: O presente trabalho propõe uma reflexão acerca das representações sociais do bairro Restinga – localizado na periferia urbana de Porto Alegre. Parte do pressuposto que há, no senso comum, a construção das representações sociais do bairro vinculadas às suas condições de: periferia, pobreza e violência. Essa perspectiva corrobora na fragmentação do espaço enquanto campo de exclusão social. Contudo, a realidade é muito mais vasta e plural do que propõe os estereótipos construídos.

Malocas e periferia:a produção do Bairro Restinga

Autor: Gamalho, Nola Patrícia
Ano: 2010
Instituição: UFRGS
Área: Ciências Exatas e da Terra
Tipo: Artigo de periódico
Resumo: O espaço é produzido na articulação entre a ordem distante (das instituições, do Estado) e a ordem próxima (as relações de vizinhança, a vida cotidiana) (LEFEBVRE, 2006) – são escritas que se sobrepõem umas às outras. A partir dessa lógica, o espaço Restinga, bairro localizado na zona sul de Porto Alegre-RS, é pensado. Primeiramente, é visto como criação do Estado, a partir da segregação da população das Vilas irregulares. É o pensamento tecnocrático que, através da força ou dos mecanismos de mercado – o espaço urbano como mercadoria –, determina o lugar das pessoas na cidade. E, em seguida, como espaço onde as pessoas alicerçam as suas vidas, produz estratégias, altera formas, constitui relações particulares no plano da proximidade. Dessa forma se dá a produção do bairro Restinga, assim como a produção de suas representações, que ora estigmatiza sujeitos, ora consolida vínculos afetivos com o bairro.