Prevalência de enteroparasitoses em moradores de bairros da periferia de Porto Alegre, RS

Autor: Xavier, Vanessa Iracema da Rosa; Peres, Amanda M.; Gutierrez, Lucila L. P.
Ano: 2006
Instituição: UFRGS
Área: Ciências da Saúde
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: A elevada prevalência das parasitoses nas comunidades está relacionada com hábitos alimentares e de higiene, baixas condições socioeconômicas, fatores sociopolíticos e psicossociais e falta de educação sanitária. O objetivo deste estudo foi oferecer informações sobre a prevenção às enteroparasitoses e determinar a prevalência de parasitoses intestinais em moradores da periferia de Porto Alegre. Uma escola do bairro Restinga, três escolas e uma creche do bairro Belém Velho foram escolhidas como locais centralizadores para a realização das palestras. Nas palestras foram abordados os temas prevenção às enteroparasitoses e disponibilização do exame parasitológico de fezes, bem como explicações sobre a colheita da amostra. Uma amostra fecal foi colhida de cada morador e analisada através da técnica da sedimentação espontânea. Foram analisadas 255 amostras e os parasitos que apresentaram maior prevalência foram os helmintos Ascaris lumbricoides, (20%), Trichuris trichiura e Enterobius vermicularis, (4, 5%), e Hymenolepis nana (0, 7%). Os protozoários mais prevalentes foram: Endolimax nana, (35%), Entamoeba coli, (9, 0%), E. histolytica/E. dispar, (3, 7%) e Giardia lamblia (3, 3%). O inquérito epidemiológico revelou que todos os moradores que participaram do estudo possuíam abastecimento de água e coleta pública do lixo, porém 15 a 66% dos indivíduos não possuíam rede de esgoto. Aproximadamente 50% dos moradores não filtravam ou ferviam a água nem consumiam água mineral. É importante ressaltar que, uma vez que as infecções parasitárias geram déficit de crescimento em crianças, síndrome de má absorção e conduzem a uma perda socioeconômica da família e da comunidade, os estudos epidemiológicos envolvendo educação em saúde e inquéritos parasitológicos devem ser estimulados, de modo que o tratamento e a prevenção avancem no sentido de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.