A vida reinventada: transcriação de narrativas orais

Autor: Santos, Cristina Mielczarski dos
Ano: 2009
Instituição: UFRGS
Área: Linguística, Letras e Artes
Tipo: Resumo publicado em evento
Resumo: A perspectiva desse trabalho atende ao projeto A vida reinventada: pressupostos teóricos para análise e criação de acervo de narrativas orais e tem a sua pesquisa de campo realizada no bairro Restinga em Porto Alegre desde 2007. No presente momento, a partir de vídeos produzidos conjuntamente entre moradores e pesquisadores, estão sendo realizadas exposições interativas e registradas novas narrativas. Parto da ideia de performance de ZUMTHOR (2005) em que ele ressalta que essa é a materialização de uma mensagem poética por meio da voz humana e daquilo que a acompanha, o gesto, ou mesmo a totalidade dos movimentos corporais. E segundo BIAL (2007) podemos entender a ideia de performance para outros eventos que envolvem um performer (alguém fazendo alguma coisa) e um espectador (alguém observando alguma coisa). A narrativa oral propicia um foco especialmente muito rico de investigação da relação entre a literatura oral e a vida social porque parte da natureza especial da narrativa é ser duplamente ancorada em eventos humanos. Isto é, narrativas são a chave de ambos, através de eventos narrativos e eventos narrados (BAUMAN, 1986). Além de discutir a natureza desses eventos narrativos e performáticos, será analisado o caráter de transcriação (ALMEIDA & QUEIRÒS, 2004) dos registros produzidos a partir dos vídeos

Provérbios: a voz rompendo a clausura do corpo

Autor: Santos, Cristina Mielczarski dos

Ano: 2008

Instituição: PUCRS

Área: Linguística, Letras e Artes

Tipo: Resumo publicado em evento

Resumo: A perspectiva deste trabalho atende ao projeto Corpo e Voz em Performance nas narrativas orais urbanas e tem sua pesquisa de campo realizada no bairro Restinga em Porto Alegre. A proposta elaborada vai ao encontro da idéia de que a voz, segundo Paul Zumthor, “é o lugar simbólico por excelência; mas um lugar que não pode ser definido de outra forma que por uma relação, uma distância, uma articulação entre sujeito e o objeto, entre o objeto e o outro”. A partir de tal relação, pode-se afirmar que ouvir é um exercício de atenção mútua no qual se concede espaço para a voz alheia expressar-se e atravessar “o limite do corpo sem rompê-lo”, pois a voz “significa o lugar do sujeito que não se reduz à localização pessoal”. Referente à idéia desse autor, de certo modo isso é o que ocorre quando presenciamos esses momentos performáticos atravessados pela oralidade. De acordo com essa noção, o objetivo desse estudo é analisar como são empregadas as formas proverbiais, que geralmente são consideradas sentenças de caráter prático e popular por expressarem, de forma concisa e não raramente figurativa, uma idéia ou pensamento. Transpostas para o plano das narrativas orais, as suas ocorrências confirmam a interação “sujeito e objeto”, visto que alguns provérbios se mantêm através da passagem do tempo, enquanto que outros são inventados e utilizados de maneira a refletirem a vida social do ambiente comunitário numa linguagem muito particular. Assim, esse trabalho está sendo desenvolvido mediante a escuta das histórias que são narradas no bairro em questão, onde se entrelaçam a memória individual e a memória da comunidade.

Narrativas orais da Restinga: Duas faces da autoria


AUTOR:
Laura Regina dos Santos Dela Valle

TIPO: TCC

DATA DE PUBLICAÇÃO: 2012

INSTITUIÇÃO OU PROJETO RESPONSÁVEL:  UFRGS

DESCRIÇÃO BREVE / RESUMO DO DOCUMENTO:

Este trabalho é o resultado dos estudos realizados na pesquisa A vida reinventada: pressupostos teóricos para a análise e criação de narrativas orais, com duração de dois anos. O projeto de pesquisa citado é realizado por um grupo de pesquisadores vinculados à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob a orientação da Profª Drª Ana Lúcia Liberato Tettamanzy e com o apoio do CNPq, no Bairro Restinga em Porto Alegre. No presente Trabalho de Conclusão de Curso apresento duas faces da autoria. A primeira face corresponde ao meu olhar autoral ao lidar com os vídeos, a minha maneira de compreender e criar os DVDs do Projeto de Pesquisa. Descreverei o processo de criação e explicarei por que esse trabalho ultrapassa os limites técnicos e se configura em uma estética criativa. A outra face da autoria destina-se aos narradores da Restinga (bairro da periferia de Porto Alegre/RS), suas maneiras únicas de ver o mundo e retratar suas concepções. Analisei as produções de quatro narradores: José Carlos dos Santos, conhecido como “Beleza”; Alex Pacheco, Jandira Consuelo Brito e Marco Almeida, conhecido como Maragato. Cada um desses narradores possui características estilísticas únicas e originais que marcam suas produções (contos orais, poesias, cibercultura, arte, etc.). Porém, essa individualidade não impede que dialoguem entre si e com a comunidade, ao contrário, as suas produções refletem o envolvimento coletivo que eles têm com a Restinga, a razão de suas lutas. Para desenvolver essa reflexão foi necessário estabelecer um diálogo interdisciplinar com outros campos do saber. Além das ciências da linguagem e da literatura, busquei subsídios teóricos na Antropologia e na Comunicação. Cabe ainda ressaltar a importância do teórico Paul Zumthor para este trabalho, pois os estudos da performance e oralidade são a base da pesquisa de que fiz parte e, consequentemente, também deste trabalho.

CONTATO: lume@ufrgs.br

PALAVRAS CHAVE: Narrativa Oral, Narrativas Orais, Vida Reinventada, Antropologia, Comunicação, Paul Zumthor.

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FONTE:

http://hdl.handle.net/10183/56159

AUTORIZAÇÃO DE IMAGENS E DE USO;

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CESSÃO DE DIREITOS DE USO;

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REGISTRO DE DOAÇÃO DE ENTREVISTA;

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DATA DE AQUISIÇÃO PELO OBSERVATÓRIO: 2021